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Estudo revela: Por que alguns alimentos viciam você e seus filhos?

  • Foto do escritor: Dr. Uronal Zancan
    Dr. Uronal Zancan
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura


Você já se perguntou por que não consegue comer apenas um biscoito recheado ou um único salgadinho? Ou por que seu filho insiste tanto em consumir determinados alimentos industrializados? A resposta pode ser mais alarmante do que você imagina. Estudos recentes revelam como a indústria alimentícia, influenciada por táticas da indústria do tabaco, desenvolveu alimentos propositalmente viciantes, especialmente direcionados às crianças.

Recentemente, uma pesquisa publicada em janeiro de 2024 expôs como as empresas de tabaco que adquiriram indústrias alimentícias nos anos 1980 aplicaram seu conhecimento sobre substâncias viciantes para criar alimentos "hiperpalatáveis". Durante aproximadamente 25 anos, essas corporações utilizaram técnicas semelhantes às usadas para viciar pessoas em cigarros, agora aplicadas aos alimentos consumidos por toda a família, incluindo crianças.


A ciência do vício alimentar

O vício em alimentos não é uma invenção recente. Desde 1908, quando o glutamato monossódico foi descoberto, a indústria alimentícia começou a desenvolver "realçadores de sabor". Essas substâncias são projetadas para fazer você sempre querer mais. É por isso que raramente conseguimos comer apenas uma bolacha recheada ou um único salgadinho.


Um aspecto preocupante revelado por pesquisas com ressonância magnética funcional é que o açúcar ativa mais intensamente as zonas de recompensa do cérebro do que substâncias como a cocaína. Um estudo publicado em 2013 pela Associação Canadense de Neurociência demonstrou que o xarope de milho rico em frutose, comumente utilizado em refrigerantes e alimentos processados, pode causar reações comportamentais em ratos semelhantes às produzidas por drogas de abuso.


O papel da indústria do tabaco na alimentação

O artigo recente de janeiro de 2024 mostrou como as empresas de tabaco introduziram e disseminaram seletivamente alimentos hiperpalatáveis no sistema alimentar americano. Entre 1980 e 2001, essas empresas aumentaram significativamente o uso de substâncias químicas provenientes da indústria do tabaco nos alimentos, frequentemente classificando esses aditivos como "segredo industrial".


Outro estudo publicado no British Medical Journal em 2019 examinou como essas empresas aplicaram seu conhecimento de sabores, cores e marketing focado em crianças para desenvolver marcas líderes de bebidas açucaradas infantis. Infelizmente, essas técnicas continuam sendo utilizadas pelas empresas de bebidas, apesar de acordos da indústria prometendo não promover produtos não saudáveis dessa forma.


O mais alarmante é que, segundo o estudo de 2024, até 2018 as diferenças entre alimentos que anteriormente pertenciam a empresas de tabaco e outros alimentos já haviam desaparecido. Isso significa que a indústria alimentícia como um todo adotou essas práticas viciantes.


O impacto na saúde das crianças

As consequências dessa manipulação alimentar são graves e já estão visíveis. Hoje, as crianças estão desenvolvendo "doenças de idosos": obesidade, esteatose hepática (gordura no fígado), hipertensão e diabetes tipo 2. Esses problemas são consequência direta do consumo de alimentos industrializados projetados para criar dependência.

O glúten, presente no trigo (tanto branco quanto integral), representa outro risco significativo. Ele pode danificar o intestino, criando microfissuras que favorecem o desenvolvimento de doenças autoimunes. Este é apenas mais um exemplo de como certos alimentos comuns podem comprometer a saúde a longo prazo.


Como proteger sua família

Amar seus filhos não é fazer todas as suas vontades, mas garantir sua felicidade e saúde. Isso inclui:

  • Evitar doces e chamá-los pelo que realmente são: "porcarias"

  • Substituir refrigerantes por alternativas menos prejudiciais como kombucha ou sucos naturais com adoçantes menos nocivos como o eritritol

  • Preparar picolés de frutas naturais sem conservantes

  • Educar as crianças sobre os perigos de alimentos processados, permitindo escolhas conscientes

  • Evitar produtos com farinha de trigo (tanto branca quanto integral) devido ao glúten

  • Não comprar alimentos industrializados, especialmente para as crianças


Se você tem vícios alimentares, procure não expor seus filhos a eles. Comer escondido seria melhor que normalizar o consumo desses produtos prejudiciais.


Conclusão

Os estudos recentes demonstram claramente como técnicas da indústria do tabaco foram aplicadas aos alimentos para torná-los viciantes, especialmente aqueles direcionados ao público infantil. Compreender esse mecanismo é o primeiro passo para proteger sua saúde e a de seus filhos.


Conscientizar-se sobre como certos alimentos são projetados para criar dependência nos ajuda a fazer escolhas mais saudáveis. Ao evitar produtos industrializados e optar por alternativas naturais, podemos prevenir doenças e garantir um desenvolvimento saudável para nossos filhos.


Como pais e responsáveis, temos o dever de proteger nossas crianças dessas táticas predatórias da indústria alimentícia. Não se trata apenas de restringir certos alimentos, mas de educar sobre por que fazemos essas escolhas, capacitando as próximas gerações a tomarem decisões mais conscientes sobre sua alimentação.



Referências:


Compartilhe este artigo com amigos e familiares que também possam se beneficiar dessas informações valiosas.

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